de saliva
abstenho-me da vida
pago com lapso o seu hiato
do teatro sagrado renuncio ao palco
no beijo detido
por teu ato insano
às trevas me cedo cadáver em húmus
paciente do ímpeto inumano
entrego-te meu túmulo
a nossa hóstia curtida
em vinho
jaz em estilhaço
resta o jazigo vizinho
ao sepulcro do meu abraço
Mar- 2021
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