intuito infenso à luz
sopro indefeso
gérmen élan
ovário que ovula óvulo
presa de estigmas
alarde da vida em silêncios
o devir da flor
é quando toca a retina
-ou existe vácuo
áspero ser-
qualquer receio
tácito beijo do rocio
à pétala detida
nos nós do âmago
apenas frio
não sei de aragem
que não censure o silêncio
no seu trânsito
entre seca folhagem
nascer é ruído
na estagnação da luz em ruínas
ou sombra que paira
paz e parto
Mar- 2021
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