vozes ancestrais falam em mim
um lamento de cratera no centro do ser
sons de antigas lavouras
engenhos
e garimpos
a moenda dentro do peito
remoendo memórias que guarda a pele
memórias de um tempo obscuro
mas uma força tremenda
que vem do âmago
rompe com o passado de lágrimas
e negro refeito das amarguras
deixo que me atravesse um sopro de liberdade
que o som se aposse de mim
porque é tempo de música
quando ouço um blues
Jan- 2024
Nenhum comentário:
Postar um comentário