das obrigações diárias no outono poluído
da metrópole de pedra
escrever entre ruído e fuligem
o enredo dum amor
que não se desgaste feito engrenagem
na grave inércia do mármore exista
o tempo é credor dos corpos
hábitos e costumes
com o amor coexiste na órbita do indizível
é frágil o verbo
rica a poesia que há na vida
então quero existir
noite adentro da intimidade nossa
na fortaleza dum apartamento
tratar de boletos e despesas no café da manhã
averiguar nos jornais algum alento concreto
contra a violência
vez em quando evadir pro campo
Mar- 2021
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