atiram corpos
no mar e o desterro
dilacera o peito até dos fortes
atiro estrelas
que voam
no espaço do verso
luzindo o poema protesto
e os lamentos
dos porões fétidos
agora são vozes de muitas vozes
pois irmanando
a ginga que nasce
do encontro da língua
que nasce o verso
com as línguas que o declamam
faz-se a liberdade
e o que se escreve
reverbera
ao som dos tambores
(que ainda percutem
sob a mão negra da ancestralidade)
na astúcia e coragem
contra os algozes
de um povo
que venceu os males
atrozes
Jan- 2024
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