pássaros sem a posse
do espaço estamos
o poema
que morre aos olhos
e tenta no âmago a essência
pequenas glórias
que o céu almejam no mar da vida
ecoa a palavra
que não sustenta o verso
na trágica metáfora da tarde
desatar os fios da lavra
tece o tempo
(o novelo mais se ata)
rompem os elos
explode arte-vida
em musgo
tudo nos escapa
restam ranhuras n'espanto
o poeta é um egoísta
tentando o belo por ruínas
no instante fatal
Mar- 2021
Passo aqui todos os dias poeta. Alimento-me de tua criação. "Tudo nos escapa , restam ranhuras no ser", gostei muito desses versos, representam a arte de existir.
ResponderExcluirAcho que já me enquadro em superfâ.