qualquer coisa de fruta
talvez o cheiro talvez o sabor
que na boca
fica depois do amor
os lençóis falam
de nossa pele indefesa
da chama que não se apaga
nossa fome
nossa orgia negra
ainda que durma
o corpo que se esgota
a noite teima e nos reclama
mesmo nas dores
que esconde a cama
amar ensina
a sina de viver o outro
o que a vida fustiga e fere
sepultamos na cinza
face de agosto
Agos- 2021
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