à Eliane a verdadeira dona desses olhos
mar de cristais sob o sol
deposto
reflexo insigne do azul
no colo da noite
brisa
de inócuo sal e húmus
de algas virgens
no lago
utópico
cindindo pedra
e treva
teus olhos
auge do ímpeto
da neve austral
de invernos
coroados de pássaros
e ventos
ao largo da dor
vieram assim
prisma de nítidas cores
de náufragos velames
carregados de sonhos
fora da voragem
do fluir das eras
vieram assim
arder o fogo aceso do opaco
espelho das íris do poeta
-sem poesia-
ária de leve melodia
do poema
desfeito no espectro
do verso
vieram como foram
flores no silêncio do bosque
sepultando
esperanças
vieram como foram
chuva de estio
em folhas de outono
estórias de infância
vieram como foram
acordes de viola boêmia
sob os astros
Set- 2021
Aguardo TEUS OLHOS III.
ResponderExcluirBjs
Sucesso sempre.
Com carinho.
Maria Aparecida