das barrigas pretas de barro
castigados de lonjuras
quanto de pálpebras tristes há em distâncias
que a política ignora
que a estrutura acolhe no racismo
em contornos de sociedade acostumada aos crimes
do pescoço branco
mais criminoso
é quem já nasce cerceado da liberdade
condenado no ventre
vítima do vento contrário
no seio oprimido do muito sofrer
dá de sofrer aos que só lucram
e tudo se ajusta
o jugo vira a direção e a justiça moda
mas deixa transcorrer a regra
que o frágil fragiliza
e a violêcia
não passa de mero acaso
pra inglês ver
a matemática é mais que exata
não resta dúvida
nesta pátria de prática criminosa
criminaliza toda raíz inocente ancestral
que depois de gerações a fio
implicada
dos que depois rebentam
a chaga
Set- 2021
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