muito menos poemas herméticos
quero a liberdade
cravada em pedra simples
sequer quero diamantes lapidados
se me faço em rocha
de minerais
habitado
nem quero
ruminar passadas mágoas
se me deságuo rio
e sou feito de águas
confrontando
estios
sou mais longo abraço
inteiramente afeto
daquela a quem me entrego
a quem não nego o laço
do mais puro
sentimento
e fica dentro desses braços
meu quilombo
é lá que renasço
que me faço e me desfaço
regenero-me
de todos os tombos
desembaraço
encontro minhas raízes
e sou angola nigéria congo
sou banto
apesar das cicatrizes
Fev- 2024
Nenhum comentário:
Postar um comentário